O Kum Nye é a arte de fazer amizade com todas as experiências. Quando praticamos os gestos, nos familiarizamos com os fluxos sutis de energia do corpo. Por meio do movimento, a energia expressa o significado e libera a mente.
Dinâmicas e expressivas, as posturas do Kum Nye Dancing manifestam a compreensão de que somente no momento presente podemos encontrar nutrição e conhecimento reais. Quando a energia da corporificação humana é totalmente expressa, ela se torna arte. Ela revela nossas qualidades internas, nossos sabores distintos, nossas almas.
Tornamo-nos um com a alegria, e a expressão de alegria é a nossa dança. A tradicional dança dos lamas utiliza coreografias físicas para abrir o eu e liberar energia para as atividades do Dharma. Esses exercícios, de maneira semelhante, intensificam os sentimentos e podem vencer a resistência, o ressentimento e a falta de cooperação.
O caminho do Kum Nye é gentil, silencioso. Seu objetivo é criar um espírito de cooperação entre a mente e o corpo, apresentando à mente os tesouros que o corpo oferece. Ele trabalha com aspectos da experiência humana, às vezes conhecidos como os cinco skandhas – formas físicas, sensações e sentimentos, percepções, ideias e senso de identidade são todos parte da nossa experiência comum –, e se encaixa confortavelmente nas estruturas ocidentais de compreensão do ser humano.
Quando o corpo e os sentidos estão em sintonia, nossas experiências físicas podem ser nossas amigas e colaboradoras, em vez de obstáculos ao desenvolvimento. Por esse motivo, a prática de yoga tem sido considerada, desde o início, um pré-requisito fundamental para o estudo budista mais avançado. Equilibrar vários lados da nossa natureza humana traz conforto, estabiliza a meditação e abre as portas para uma experiência direta de não dualidade. O Kum Nye nos ensina como usar todos os nossos sentidos, todos os nossos pensamentos e todas as facetas da nossa experiência.